A bondade de Deus e o câncer

And the hair is gone!
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“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.”  (Isaías 45 : 7)

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”  (Romanos 8 : 28)

Há quase um mês atrás, eu estive no Hospital do câncer de Barretos e vi um senhor conversando com duas funcionárias dizendo que tinha recebido alta do seu tratamento.

Ao ouvir isso as funcionárias deram graças a Deus e lhe perguntaram:

– Viu como Deus é bom?

Quando vi aquela cena eu pensei:

– Como é que pessoas que convivem com pessoas cancerosas diariamente, algumas que se salvam e outras que não, ainda associam a bondade de Deus somente à cura do câncer?

Enquanto escrevo, penso que talvez eles não tenham feito essa associação, mas vejam bondade de Deus também na cura.

A verdade é que Deus trabalha não somente na saúde mas também na doença, inclusive no câncer, logo Deus é bom tanto por curar, quanto por colocar (ou deixar que surja, como queiram) o câncer em alguém.

Eu estava no hospital porque minha mãe tinha ido fazer um exame.Ela teve câncer de mama, retirou um dos seios, fez radioterapia e quimioterapia e agora aparentemente está curada mas ainda tem que fazer exames de tempos em tempos.

Eu creio que seja bondade de Deus ela ter se curado mas também acho que foi bondade de Deus ela ter passado por isso.

Depois da descoberta da doença, ela parece estar mais interessada em Deus meu pai desistiu do bar que gerenciava e que lhe dava, além de dinheiro, muito stress e cansaço; e um tio que guardava uma mágoa de minha mãe a perdoou, permitindo que passássemos a conviver melhor do que nunca.

C.S. Lewis, famoso escritor cristão(autor de As crônicas de Nárnia), perdeu várias pessoas amadas pelo câncer; depois de perder a sua amada ele disse, entre outras coisas:

“Deus certamente não estava fazendo uma experiência com minha fé nem com meu amor para provar sua qualidade. Ele já os conhecia muito bem. Eu é que não. Nesse julgamento, ele nos faz ocupar o banco dos réus, o banco das testemunhas e o assento do juiz de uma só vez. Ele sempre soube que meu templo era um castelo de cartas. A única forma de fazer-me compreender o fato foi colocá-lo abaixo.”(Trecho do livro Anatomia de uma dor – um luto em observação  )

Outro que está conseguindo enxergar coisas boas coisas da sua experiência com câncer é o ator Reynaldo Gianecchini: