Os dez mandamentos são a cartilha do crente

 

“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.”  (Jeremias 31 : 33)


A Lei como um todo e a sua representação mais básica, os dez mandamentos, foi uma grande cartilha para o homem, algo que lhe ensinava o be -a – bá da vontade de Deus, assim como a primeira cartilha que uma criança recebe na escola lhe ensina só os princípios básicos do que ela saberá no futuro.

De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.
Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. (Gálatas  3:24-26)

Digo isto, pois a partir do momento em que se recebe a consciência da parte de Deus e o amor no coração, tais listas se tornam totalmente obsoletas, coisas de criança.

“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.”  (I Timóteo 1 : 5)

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.”  (Romanos 13 : 10)

Jesus ao resumir os mandamentos em dois, acabou por expandi-los, pois a partir do momento em que se sabe que se deve tratar o próximo com amor, surge a consciência do que se deve ou não fazer, tornando a lista dos 10 mandamentos muito limitada para ser posta em prática na vida toda.

É por este motivo que muitos preferem ouvir aos mandamentos de um pastor-imperador do que viverem com a própria consciência, pois sabem que a lei da consciência é muito mais extensa do que a que um homem possa conseguir lhe impor, sendo mais fácil de obedecer (e se sentir autojustificado ao cumprir) e sempre deixando brechas para pecados “não listados”.

Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies?
As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; (Colossenses 2:20-22)

Além disso, há o desejo de ser irresponsável por seus próprios atos, deixando a responsabilidade para o pastor-babá que supostamente dará conta de qualquer uma de suas traquinagens ao Pai.

Um exemplo é o dízimo que apenas nos ensina o principio básico de que convém contribuir para o que é bom embora quem tenha consciência não precise de uma porcentagem exata para contribuir (para mais ou para menos), muito menos ser obrigado a isso através de ameaças financeiras.

É importante que se estude a Palavra sempre a fim de poder adquirir essa consciência e assim crescer, senão nunca poderemos deixar o be-a-bá.

“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.”  (II Pedro 3 : 18)